Em 400 quilômetros de extensão, rota faz parte de uma das mais belas zonas costeiras da Europa
Portugal é dividido por regiões. Mas longe do Norte e do Sul, a região do Alentejo sempre esteve entre as minhas preferências e fazer a rota vicentina era um dos meus roteiros portugueses mais aguardados. E lá fui eu, pronta para descobrir mais uma zona apaixonante do território luso, responsável por banhar uma das mais belas zonas costeiras da Europa.
A rota é composta por 400 quilômetros de extensão, divididos por praias, parques ambientais e trilhos conhecidos por peregrinos. Há duas formas de fazer o roteiro vicentino ou alentejano. O primeiro começa por Sines, cidadezinha industrial a cerca e 1h30 de Lisboa, e o segundo a partir de Santiago do Cacém, a 1h15 também da capital portuguesa.
Por onde começar
A primeira coisa a fazer quando se define por visitar a rota vicentina é traçar o roteiro, pois praias e pequenas cidades alentejanas são encontradas ao longo do percurso. Partilho aqui o meu roteiro, que começou do zero.
Duas horas e 40 minutos depois de sair do Porto de carro, cheguei a Lisboa, de onde parti rumo ao início da Costa Vicentina até Sines, cidade que pertence ao distrito de Setúbal e uma das zonas industriais da região.
Porto Covo
Depois de Sines, parada em Porto Covo, um verdadeiro paraíso que eu sonhava conhecer, com praias de água em tons de verde e todo aquele clima de vila pesqueira. Restaurantes, lojinhas, bares e cafés deixam a pequena vila ainda mais charmosa e a vontade de não sair de lá foi grande.
Por lá, valem as praias todinhas, por isso a minha sugestão para quem quer fazer essa rota é tirar pelo menos quatro dias. Um deles somente para Porto Covo. Afinal, você não vai querer ficar sem ver praias belas, comer as delícias alentejanas e curtir uma lua daquelas.
Taurina do pior tipo, sempre em busca de descobertas, não abri mão de experimentar o que a gastronomia alentejana tinha a me oferecer: mariscos frescos. Então, sem medo de ser feliz, arregacei e encarei caracóis, búzios, polvo e casquinha de sapateira. Tudo devidamente acompanhado do típico pão alentejano. Não dá pra descrever aqui, ok? Mas arrisco dizer que comi um pouco do mar. E posso garantir que é saborosíssimo.
Em Porto Covo, praias disputam a beleza indescritível da região. Visitei a praia dos Buizinhos, tranquila e com a vista de tirar o fôlego, a de Porto Covinho, mais curtinha em extensão e quase como uma superpiscina cristalina. E também a praia de Serro da Águia, vizinha de Porto Covinho e pronta para um dia inteiro de relax.
Vila Nova de Milfontes
Depois de passar o dia entre as praias de Porto Covo, segui para a charmosa Vila Nova de Milfontes para passar a noite. Pensa num lugar mágico. Agora multiplica por cinco. Assim foi a sensação de sentir a vibe desse pequeno paraíso de casinhas brancas e janelas pintadas de azul e amarelo, com praias calmas e povo acolhedor.
Não faltam casinhas e hotéis, restaurantes e cafés. Aliás, os sabores são um detalhe à parte, assim como as praias da Vila, como a de Furnas, com acesso de frente e de costa, para se passar um dia inteiro sem preocupação com os boletos.
Outra praia que vale a visita é a da Longueira, em Almograve, na mesma zona de Milfontes. Extensa e com um grande areal, é uma boa opção para um dia de tranquilidade.
Quem puder colocar no roteiro a praia do Malhão, #ficaadica.
Aljezur
Apesar de ser um minicípio do Algarve, Aljezur integra a Costa Vicentina e é uma das zonas mais emblemáticas do roteiro. Fica a 46 quilômetros de Vila Nova de Milfontes e oferece praias maravilhosas, como Odeceixe e seu clima surf, paz e amor.
A praia de Aljezur e seu azul límpido é outra parada obrigatória, assim como a praia da Arrifana, extensa e soberana, entre falésias e montanhas que rodeiam a costa.
A vontade mesmo era de seguir até Sagres e Lagos, mas no próximo verão venho contar tudo pra vocês, juntamente com outras praias que não consegui visitar, como Zambujeira do Mar e Azenha do Mar.
O que saber antes de fazer a Costa Vicentina:
– O melhor é ir de carro e preparar-se para o combustível, pois como são vilas nem sempre é fácil encontrar postos.
– Ande sempre com lanchinhos e água, pois dependendo da época do ano, não será tão fácil encontrar restaurantes abertos.
– Melhor época pra ir é entre maio e setembro, durante o verão europeu.- Defina o roteiro e o local em que vai passar a noite para reservar o hotel com antecedência, com atenção de que nessa zona os alojamentos só permitem check-in até às 21h.
