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Antes de desaparecer, Bruno denunciou que pescadores do Vale do Javari atiravam em equipe de fiscalização

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O indigenista Bruno Pereira, desaparecido desde o dia 5 de junho, no Amazonas, denunciou que pescadores do Vale do Javari que estavam atirando contra equipes de fiscalização. Em um áudio gravado em maio, Bruno cita uma reunião marcada para dia 3 de junho na Comunidade São Rafael, justamente o local onde Bruno e Dom Phillips estiveram no dia em que desapareceram. O encontro tinha o objetivo de barrar o avanço da pesca ilegal de pirarucu na terra indígena.

“A gente está preparando uma reunião, uma articulação para a Câmara de Vereadores e a Prefeitura [de Atalaia do Norte] na Comunidade São Rafael. Os maiores e grandes invasores da terra indígena aí. Eles vão perder o manejo do pirarucu que demorou 10 anos para eles tirarem”, afirmou Bruno, no áudio, e prossegue: “São esses caras que estão atirando na equipe, esses caras que atiraram na base. Não só do São Rafael, São Gabriel, os carinhas de Benjamin Constant e outros de Atalaia do Norte”.

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A reunião acabou não realizada pois o prefeito de Atalaia do Norte, Denis Paiva, tinha um compromisso urgente em Manaus. Dois dias depois, Bruno e Dom desapareceram.

No dia 5 de junho, antes de voltar para Atalaia do Norte, Bruno ainda tentou reunir com um líder comunitário conhecido como ‘Churrasco’, para falar sobre a Vigilância Indígena na região. O encontro estava pré-agendado, mas chegando na comunidade, o líder não estava e o indigenista conversou apenas com a mulher de “Churrasco”. Em seguida, Bruno e Dom seguiram viagem para Atalaia do Norte, e foram vistos pela última vez próximo à comunidade São Gabriel.

Mas essa foi apenas uma de várias ameaças que o indigenista recebeu. Em abril deste ano, ele contou a integrantes do Ministério Público Federal (MPF) que foi ameaçado por uma organização criminosa que atua com pesca e caça ilegais na região da Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Naquele mês, foi articulado um plano de ação foi articulado com a Polícia Federal (PF) para que os membros da Equipe de Vigilância Indígena da Univaja (EVU) passassem a manter contato direto e em tempo real com as forças policiais, além de que repassar mais informações acerca das irregularidades mapeadas às autoridades, para dar início a uma investigação formal.

Com informações do G1

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