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Entenda o que pode mudar no Twitter com a compra por Elon Musk

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Após a notícia da compra do Twitter por Elon Musk, o homem mais rico do mundo, se oficializar na última segunda-feira, 25, especialistas e usuários tiveram diversas reações, mas uma foi unânime: criar diversas especulações sobre como será ‘a era Musk’ na rede social.

Embora os planos do bilionário pareçam promissores, especialistas acreditam que ele pode enfrentar grandes desafios para concretizar medidas delicadas que sinalizou interesse nas últimas semanas como: moderação de conteúdo; mudar diretrizes para verificação de perfis e abrir o algoritmo da plataforma. Por outro lado, outros também acreditam que a ousadia de alguém como Musk poderá contribuir para o aumento da renyabilidade e expansão da rede social, assim como esquentar a briga com rivais, assim como a possibilidade de entrar em novos negócios. Entenda os principais pontos a seguir:

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Moderação de conteúdo
Considerado um dos temas mais polêmicos envolvendo as redes sociais, não existe consenso entre usuários nem especialistas. De forma geral, existem três grupos de pessoas: quem defende a tarefa de dizer quais posts ou contas ficam e quais são bloqueados ou banidos cabe às plataforma, já que se trata de empresas privadas; um segundo grupo que acredita ter necessidade da atuação da Justiça ou de autoridades governamentais junto das companhias e o terceiro grupo; que acredita que derrubar posts ou perfis colocaria em risco a liberdade de expressão.

Até o momento, Musk parece estar mais alinhado a este último pensamento. Em uma entrevista recente ele disse que: “Na dúvida, deixe o discurso, deixe que exista”, embora no comunicado da compra, tenha destacado que “a liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento'” e que o Twitter é “a praça da cidade digital onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos”. Para analistas, uma possível redução da moderação pode fazer o Twitter enfrentar problemas com a Justiça de diversos países e até mesmo perder muitos usuários.

Verificação de perfis
Considerada menos controvérsia, uma eventual mudança no funcionamento do selo de verificação funcionaria da seguinte forma: o selo seria usado para diferenciar perfis reais, que pertencentes a uma pessoa, de robôs que propagam mensagens automáticas, discursos de ódio, fake news, etc. O professor Carlos Affonso de Souza, da Uerj, explica que se essa mudança entrar em prática poderia despertar a necessidade de as pessoas abrirem mão dos seus pseudônimos e usar os nomes reais nas contas.

Abertura de algoritmo
Para deixar o Twitter mais transparente, Musk também tem falado há semanas em tornar o seu algoritmo público. O professor de Direito e Regulação da Informação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Nicolo Zingales diz que a medida seria uma forma de responder às críticas das pessoas que se preocupam com a confiabilidade do Twitter, embora alegue que ainda não está claro como isso aconteceria, já que os algoritmos, que determinam o que os usuários veem no feed, são ferramentas fundamentais no negócio das redes sociais e geralmente são guardados como um segredo industrial: “Se cumprir a promessa de dar transparência ao algoritmo de ordenamento dos tuítes, Musk vai mudar completamente a indústria. Vai ser difícil os concorrentes —Facebook, Instagram, TikTok — manterem os algoritmos fechados alegando segredo industrial. Essa medida é muito bem-vinda”, cita.

Crescimento
Embora Musk tenha afirmado que não queria comprar o Twitter para fazer dinheiro, o impacto da sua compra provavelmente irá além das políticas de uso da plataforma, o que pode impactar diretamente no crescimento do Twitter. Embora já tenha 16 anos, o Twitter ainda é muito menor do que seus maiores rivais. Segundo dados mais recentes, divulgado em 2017, a rede tem 217 milhões de usuários diários e monetizáveis, ou seja, contas que estão aptas a visualizarem anúncios ou produtos pagos da empresa, como assinaturas. Bem abaixo dos cerca de 2 bilhões do Facebook, por exemplo.

Isso também reflete no faturamento. Em 2021, o Twitter teve US$ 5 bilhões de receita, enquanto o Facebook superou os US$ 100 bilhões, destaca Pedro Waengertner, professor de negócios digitais na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e fundador da aceleradora e investidora de startups ACE.

Para Waengertner, considerando o perfil arrojado do bilionário, a plataforma deverá aprender a trabalhar com mais produtos, trazendo inovações, conforme visto em outros negócios de Musk, como o robô humanoide da Tesla.

Com informações do G1

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