Médicos executados no RJ: veja quem são os suspeitos encontrados mortos

Dois dos quatro corpos suspeitos pela execução de três médicos em um quiosque no Rio de Janeiro, encontrados pela polícia no fim da noite da última quinta-feira, 5, foram identificados. Os corpos seriam de Philip Motta e Ryan Nunes de Almeida. Ainda ontem, as autoridades do Rio de Janeiro fizeram um pronunciamento...

Publicado em 6 de outubro de 2023 às 11:01

Dois dos quatro corpos suspeitos pela execução de três médicos em um quiosque no Rio de Janeiro, encontrados pela polícia no fim da noite da última quinta-feira, 5, foram identificados. Os corpos seriam de Philip Motta e Ryan Nunes de Almeida. Ainda ontem, as autoridades do Rio de Janeiro fizeram um pronunciamento sobre o caso, onde concordam em resolver o crime 'o quanto antes'.

Segundo informações da polícia, Motta seria membro do Comando Vermelho (CV), e era conhecido por Lesk. Ele teria migrado para o CV após a invasão da facção na comunidade da Gardênia Azul. As facções que ele já integrou são conhecidas por cometerem assassinatos no Rio de Janeiro e estão ligadas ao tráfico. Lesk estava foragido, e teve sua prisão decretada por associar-se ao tráfico há quatro anos. Ele foi responsável por comandar a invasão e tomada de poder por traficantes na comunidade Gardênia Azul, no bairro Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Ryan Nunes de Almeida, o segundo identificado, seria membro o grupo liderado por Motta, chamado de 'Equipe Sombra'.

Entenda o casoA Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) segue a linha de investigação de que o médico Perseu Ribeiro Almeida teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras. O miliciano estava preso desde 2020, quando foi alvo de uma investigação sobre a atuação de milícias em bairros da Zona Oeste carioca, e deixou a cadeia em 22 de setembro deste ano. O criminoso mora nas proximidades do quiosque e seria o verdadeiro alvo da execução.

O grupo de Taillon estaria em guerra com o Comando Vermelho pelo controle de bairros da região. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o criminoso seria responsável pelo transporte alternativo de vans e mototáxi, além de serviços básicos, como fornecimento de água, gás e TV a cabo em Rio das Pedras. Em um grampo da PCRJ, uma das principais provas da investigação, é possível ouvir a conversa entre traficantes sobre a execução de Taillon, que supostamente estaria no Quiosque da Naná.

Na gravação um homem diz: 'Acho que é Posto 2, v…'.

Informações preliminares indicam que o homem que fala no áudio seria o traficante Juan Breno Malta, mais conhecido como BMW, braço-direito de Philip Motta, o Lesk, ex-integrante da milícia Gardênia Azul e, agora, membro do Comando Vermelho. Na conversa, interceptada pelos investigadores, o traficante tentava localizar o quiosque onde supostamente o miliciano estaria. No local do crime, a perícia recolheu 33 estojos de pistola calibre 9 milímetros.

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