O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) disse que a campanha presidencial deste ano pode ser pautada por eventuais excessos e certa “ferocidade”, mas minimizou a hipótese de ocorrer um golpe de Estado, temor levantado pela oposição pela desconfiança demonstrada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as urnas eletrônicas.
“Se fala de um golpe, mas eu não acredito que haja condições para isso”, afirmou Temer.
De acordo com o ex-presidente, uma ruptura institucional só acontece se as Forças Armadas “quiserem”.
“Tenho absoluta convicção de que as Forças Armadas não entram nisso; portanto, não haverá ruptura”, disse.
Na opinião de Temer, as pessoas e corporações têm saído do seu “quadrado constitucional”, o que está gerando “confusão”.
“O Tribunal (Superior Eleitoral – TSE) errou quando chamou setores das Forças Armadas para colaborar com as eleições”, disse, ressaltando que esse setor já atua historicamente de várias formas nos pleitos, em especial na logística das urnas, no transporte das áreas remotas do país.
Temer relembrou o gesto que fez no último 7 de setembro, quando ajudou o presidente Bolsonaro a redigir uma carta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O emedebista minimizou a urgência daquele momento e classificou a ação como “pequena” e “modestíssima”.
Segundo ele, o gesto foi para pacificar o país e promover diálogo entre Executivo e Judiciário.
“Para o meu paladar político e profissional, cumpriu-se a Constituição”, declarou.
Com informações do Pleno News