O que se sabe até agora sobre o caso da paraense presa por tráfico na Indonésia

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A paraense Manuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos, indiciada por tráfico de drogas na Indonésia, país que prevê a pena de morte em caso de condenação, teria sido enganada por uma organização criminosa e usada como ‘mula’, segundo o advogado da família. Manuela foi presa em flagrante ao desembarcar com cerca de três quilos de cocaína, no Aeroporto Internacional Ngurah Rai, em Bali. Antes de ser detida, a jovem vivia no bairro do Guamá, em Belém. A prisão foi divulgada pela polícia do país na última sexta-feira, 27.

Quem é a jovem presa?

Manuela Vitória de Araújo Farias tem 19 anos. Segundo a defesa, ela tem residência no Pará, onde o pai mora, e em Santa Catarina, estado onde a mãe escolheu viver após o divórcio. Manuela trabalhava com a venda de perfumes e lingeries.

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Ela também tem admiração pelo surfe, embora não praticasse o esporte. Ela gosta de viajar e já havia visitado Portugal e outros estados brasileiros, informou o advogado da família.

De onde e quando a jovem embarcou?

Segundo o advogado Davi Lira da Silva, Manuela embarcou em um aeroporto de Santa Catarina e passou pelo Catar. A data do embarque e em qual aeroporto iniciou a viagem, no entanto, não foram informadas.

Quando e onde Manuela foi presa com drogas?

Conforme o advogado, a prisão da mulher ocorreu entre 31 de dezembro e 1º de janeiro no aeroporto de Bali.

A polícia da Indonésia indiciou Manuela?

Sim. Em 27 de janeiro a mulher foi indiciada por tráfico de drogas no país asiático, que prevê como pena máxima a morte em caso de condenação.

Qual a quantidade de droga encontrada com a jovem?

Ela foi detida com cerca de 3 quilos de cocaína, segundo a defesa. A substância estava em uma das bagagens que a jovem carregada. A droga foi descoberta pelos funcionários da alfândega quando ela passou pelo Raio-X do aeroporto, um dos mais movimentados do país. Em duas malas, a brasileira levava cinco pacotes de cocaína. Em uma bolsa Louis Vuitton, ela levava ainda quatro comprimidos de clonazepam.

O que diz a defesa de Manuela sobre a prisão da jovem?

O advogado alega que a mulher foi enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe para ela no país asiático, e que ela foi usada como ‘mula’.

“Disseram que lá ela poderia orar nos templos para pedir a cura da mãe”, complementou o defensor. Segundo Silva, a mãe dela sofreu um AVC e está internada. “A família está muito preocupada devido à pena capital”, disse o advogado. No país asiático, ela é defendida por um defensor público.

O que diz a família de Manuela sobre a prisão da jovem?

Segundo a família, antes de viajar, Manuela teria descoberto que se tratava de uma carga ilegal, ao tentar desistir, foi ameaçada de morte ou teria que pagar mais de R$ 20 mil aos traficantes.

O que diz o Ministério das Relações Exteriores sobre o caso?

O Itamaraty disse em nota que acompanha o caso: “O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, conforme os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”.

O conselho da Embaixada procura um advogado local para aumentar as chances de redução de sua pena. O vice-cônsul, Luiz Gustavo de Lacerda Sousa, afirmou em um e-mail enviado à família que pelo fato da paraense estar detida em uma cidade distante, não há planos de realizar uma visita pessoal nas próximas semanas, mas será agendado ainda esse semestre.

Pedido de ajuda

Nas redes sociais a família de Manuela tenta arrecadar o valor para a contratação de um advogado especialista. O perfil “ajude Manuela Vitória” foi criado recentemente no Instagram e já conta com pouco mais de 436 seguidores. Ele está sendo compartilhado por demais familiares de Manuela pelas redes sociais.

A família de Manuela agora tenta reunir US$ 150 mil (equivalente a R$ 750 mil) para pagar um advogado criminalista especialista em casos do tipo no país asiático. Para juntar o dinheiro, os familiares fizeram um perfil nas redes sociais pedindo doações via pix. O Itamaraty informou em nota que tem conhecimento do caso.

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