O médico Giovanni Quintella Bezerra, preso acusado de estupro de vulnerável, tinha uma padrão no atendimento durante as cirurgias, segundo os relatos das pacientes do criminoso. Até o momento, três mulheres já prestaram depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti (RJ). Todas as vítimas relatam que o anestesista pedia que os acompanhantes deixassem o centro cirúrgico após o parto e depois as sedava.
Uma das possíveis vítimas do anestesista relatou ter sido “apagada” durante o procedimento. Ela, que tem 37 anos, afirmou ter estranhado a quantidade de sedativo que recebeu no parto.
A cirurgia de cesárea foi realizada no dia 3 de junho, no Hospital da Mulher, local onde Giovanni foi preso no último domingo, 10. De acordo com ela, um outro filho seu nasceu de cesariana e o procedimento foi diferente.
“Quando acabou o parto, meu companheiro foi retirado do centro cirúrgico e, nesse momento, o doutor Giovanni disse que ia me dar um sedativo para eu relaxar. Eu cheguei a fazer algumas perguntas, porque eu cheguei no hospital por uma emergência, estava com uma gravidez delicada, sem líquido amniótico. Fiquei preocupada no momento que ele disse que ia me dar um sedativo. Ele disse que não tinha acontecido nada”, contou.
A mulher disse que ficou assustada quando viu a foto de Giovanni no noticiário.
“A gente não entra no centro cirúrgico achando que vai ser abusada. Se estamos em uma situação perigosa, procuramos algo para relatar. Mas não. Eu estava em uma situação vulnerável, dependente deles”, afirmou.
De acordo com ela, a única coisa que conseguiu pensar foi se ele tinha ou não abusado sexualmente dela naquele momento. “A única coisa que relatei de estranho depois foi o apagão. Fiquei me perguntando se ele tinha conseguido fazer algo comigo. Minha cabeça ficou assim”, finalizou a mulher.
A delegada responsável pela prisão do anestesista Giovanni Quintella, de 31 anos, acredita que ele tenha feito outras vítimas no domingo e até mesmo em outros hospitais. Barbara Lomba diz, inclusive, que tudo indica que o médico seja um “criminoso em série”.
Com informações do Metrópoles